Você se Lembra?

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Santarém: Colégio Santa Clara

Colégio Santa Clara, década de 40.

Sob a iniciativa de Dom Amando Bahlman e da Madre Imaculada de Jesus, o colégio Santa Clara começou a funcionar em 1910 em uma casa alugada na rua Floriano Peixoto, próximo à Travessa dos Mártires, inicialmente como um pequeno orfanato para meninas de seis a dezoito anos de idade, tendo como professores, as pioneiras da congregação das irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Com o aumento do número de internas e noviças, o orfanato da rua Floriano Peixoto tornou-se pequeno demais e Dom Amando Bahlman mandou construir um pequeno convento, no atual bairro da Aldeia, próximo à Igreja de São Raimundo Nonato, denominado "Convento de Nossa Senhora de Lourdes".

A pedra fundamental do atual edifício do Colégio Santa Clara foi lançada no dia 15 de Agosto de 1913 na esquina da Barão do Rio Branco com a avenida São Sebastião. Com o passar dos anos,  a estrutura do prédio foi alterada, e ao lado do colégio foi construída a capela de Nossa Senhora de Lourdes.

Décadas depois, o colégio aboliu o sistema de orfanato passando a funcionar apenas como colégio para moças. Em 1934, iniciou um curso Normal Rural, que em 1939 foi substituído pela Escola Normal. Até 1978 funcionou como curso pedagógico. Em 1994 passou a atender também a clientela masculina sendo considerado umas das maiores tradições da terra santarena.

Foto e Texto: Padre Sidney Canto.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Santarém: O Velho Mercado Municipal, 1948





Santarém: Na foto de 1948, aparecem a garapeira Ypiranga, o velho Mercado Municipal de Santarém e ao fundo o saudoso Castelo. Eles ficavam situados na rua do Comércio ( hoje, Lameira Bittencourt ). Hoje, neste local da garapeira Ypiranga e do Mercado Municipal, funciona a loja Yamada.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Santarém: Cartão postal de Santarém, 1979




Banho Proibido

Em maio de 1965, o delegado de policia, Alberto Jennings, proibiu banhos no caiszinho, atendendo pedidos dos moradores do local, que reclamaram do "mau comportamento de certos banhistas, que ali, por ocasião de banhos, proferem palavras obscenas, em verdadeiro acinte à moral familiar", Os infratores seriam punidos na forma da lei e os menores flagrados seriam conduzidos à delegacia, "respondendo pela infração seus respectivos pais ou responsáveis".

Texto: Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Santarém: Do Hidroporto ao Aeroporto

 O flutuante da " Panair do Brasil " era o aeroporto da cidade. Foto: 1938







No hidroporto de Santarém, escalavam regularmente os hidroaviões de uma das maiores empresas de transportes aéreos nacionais: a Panair do Brasil S.A., que, com seus aviões anfíbios, realizava em média seis escalas semanais na sede do município.

Como a cidade não dispunha de um aeródromo até o final dos anos de 1940, os aviões anfíbios e cargueiros tanto da Panair do Brasil S.A. como da Cruzeiro do Sul S.A., que faziam o percurso Belém / Manaus, por não poderem aterrizar em Santarém, escalavam apenas em Belterra, que sendo a sede do Projeto Ford, dispunha de toda a infra-estrutura necessária para receber tais aviões.

A Panair do Brasil fazia quatro escalas semanais em Belterra, e a Cruzeiro do Sul, apenas duas. Os cargueiros sem linha regular, que trafegavam entre Belém e Manaus quando necessário, também faziam escalas em Belterra sem data ou hora determinada.

Foi somente no final dos anos de 1940 que teve início a construção do aeródromo de Santarém. O local escolhido era uma área devoluta, situada na zona leste da cidade, de grandes dimensões, que ainda permanecia completamente despovoada até aquele período ( hoje Bairro do Aeroporto Velho ).

 Antigo aeroporto de Santarém, 1962.
Com a conclusão e o funcionamento do aeródromo de Santarém, a navegação aérea se tornou cada vez mais intensa, bem como o trânsito de aviões que faziam linhas regionais e nacionais. Isso contribuiu significativamente para o crescimento do município e das regiões vizinhas, além de ter substituído gradativamente o hidroporto, que inúmeros serviços prestava à sociedade santarena e do Baixo Amazonas.

Com a construção do aeródromo, as empresas aéreas regionais e nacionais que realizavam o percurso Belém / Manaus passaram a fazer escala regular em Santarém, e não mais em Belterra, e a sede do município se tornava ponto obrigatório não mais apenas da navegação fluvial, mas também da aérea, marcando uma nova época na história dos santarenos.

Texto: Santarém: Uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Santarém: Usina municipal de eletricidade, 1960


















Iluminação Elétrica

Até o início do século XX, Santarém, como as demais cidades vizinhas, só dispunha de um sistema de iluminação arcaico e bastante deficitário, com o uso dos lampiões de querosene, que ficava expostos e suspenso em poste de ferro espalhados nas áreas de maior movimento e concentração populacional.

No dia 07 de Setembro de 1908, o Sr. Antônio Dias Vieira, pretendendo acionar um aparelho cinematográfico no Teatro Victoria, instalou a luz elétrica, o que foi um fato inédito na cidade. Durante os primeiros meses, a luz elétrica ficou restrita apenas ao teatro. Porém, por ocasião das festividades de Nossa Senhora da Conceição daquele ano, a praça monsenhor José Gregório, palco das festividade, passou também a ser iluminada, dando mais brilhantismo às cerimônias religiosas e ao arraial.

Posteriormente, novas instalações foram feitas, e o Sr Antônio Vieira continuava mantendo o serviço de iluminação elétrica na cidade. O motor utilizado era de 18 HP, e poucas eram as residências ou os estabelecimentos comerciais que ser beneficiavam do serviço, que era considerado bastante oneroso, uma vez que chegava a custar o equivalente a "Cr$ 3,00 por cada lâmpada de 25 vela".

Em 1915, o intendente municipal Galdino Veloso chegou a fazer um contrato com o Sr. Antônio Vieira, para que o sistema de iluminação fosse estendido até as ruas e logradouros públicos da cidade. Para atender à nova demanda, o concessionário passou a utilizar um novo motor de marca Hemington , de 30 HP, que "fornecia corrente contínua com a voltagem de 110 volts".

Embora não fornecesse energia regulamente, o sistema de iluminação pública passou representar um grande avanço na infraestrutura da cidade, não apenas por substituir os poéticos lampiões de querosene, mas também por oferecer novas possibilidades de desenvolvimento e crescimento da economia de santarém, através da instalação de novas indústrias.

Dois anos depois, em 1917, o sistema de iluminação elétrica melhorou ainda mais a qualidade do serviço que prestava à sociedade santarena. Nesse ano, chegava à cidade a nova caldeira, com 40 HP de potência, que passou a fornecer energia elétrica em maior quantidade e com mais frequência e regularidade.

A partir de 1922, em decorrência da crescente demanda, o então intendente municipal passou a contratar serviços de iluminação da firma Franklin S. Gonçalves. Anos mais tarde, com o aumento do números de ligações, o Prefeito Bernardo Borges Pires Leal adquiriu um novo equipamento gerador de energia, e mandou construir um prédio próprio para instalar o novo maquinário. A usina municipal de eletricidade, que só seria inaugurada em 1937, na gestão do prefeito Edgar de Sousa Franco.

Com o crescente consumo de energia, tanto pública quanto domiciliar, alguns anos depois, a energia elétrica gerada pela usina municipal acabou ficando cada vez mais insuficiente para satisfazer as necessidades dos usuários santarenos.

No fim dos anos de 1940, o interior do município também passou a ser beneficiado pelo sistema de iluminação elétrica. No ano de 1947, a usina municipal de eletricidade fornecia energia a " 48 logradouros e 765 ligações domiciliares ".

Esse rústico sistema de iluminação elétrica pouco contribuiu para o crescimento econômico do município, pois fornecia energia insuficiente e de pouca qualidade, que não permitia a instalação de centros industriais capazes de possibilitar novos empregos e gerar impostos, viabilizando o desenvolvimento regional.

Texto: Santarém: Uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Santarém: O Saudoso Castelo


Quem dos santarenos nascidos até o fim dos anos 60 não recorda com muito saudosismo do velho Castelo? Era um dos mais conhecidos monumentos da memória santarena, demolido no início dos anos 80 por não apresentar mais solidez.

O velho Castelo, apesar de não estar incluído entre as grandes obras do século XIX, pois foi construído em 1905, ficou conhecido e foi amado pelos santarenos por sua beleza e exuberância. Situado às margens do Rio Tapajós, na esquina com a Travessa dos Mártires, o castelo se tornou uma das mais belas visões desfrutadas por ribeirinhos ou visitantes que chegavam a Santarém.

Propriedade de um rico comerciante português conhecido como "Bastos", casado com uma santarena, com dupla finalidade: estabelecimento comercial e residência familiar.

Projetada por um engenheiro português, a obra era bastante avançada para a sua época, pois dispunha até mesmo de um trapiche flutuante, que, em época de cheia dos rios, facilitava o acesso ao recinto e o desembarque de mercadorias que chegavam em navios provenientes da Europa ou dos grandes centros do Brasil.

No andar térreo do castelo, funcionava o centro comercial de artigos finos, que obedecia ao sistema desenvolvido nas lojas francesas, uma espécie de shopping center, sendo as mercadorias de luxo divididas em seções, destinadas a atender aos gostos e às exigência de sua clientela, a socialite santarena.

Dada a influência de seu proprietário perante os seus compatriotas portugueses, o castelo chegou a funcionar também como sede do vice-consulado de Portugal. Por isso, chegou a ser ameaçado de ser invadido a saqueado por um grupo de pescadores, que em 1913, descontentes com uma prática ilegal de pesca adotada pelos lusitanos, ameaçavam ocupar o recinto caso a situação não fosse contornada. Felizmente, tudo acabou bem, e o Castelo continuou ileso.

Posteriormente, o castelo passou a ter outros proprietários, que fizeram uma série de reformas, sem, contudo, alterar suas estruturas externas, que, apesar de velhas e mal conservadas, mantinham-se belas e exuberantes.

Como demais obras arquitetônicas, o velho castelo desempenhou varias funções: pensão, hospedaria, lojas comerciais, depósito, refúgio de desocupados, até ser demolido. Dele nem as ruínas ficaram.

Texto: Santarém: uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Santarém: Estaleiro Naval "Juca Figueira"



Estaleiro de Construção Naval e Serraria a Vapor Juca Figueira, de Raymundo A. Figueira. Estaleiro na rua Marechal Deodoro e escritório na rua 24 de Outubro, nº 30, Bairro Aldeia. Construções especiais de casco para lancha a vapor e a motor a explosão; batelões para reboques de lancha; batelões fundo de prato próprio para a navegação pelos rios da Amazônia; batelões para navegação a vela; igarités, botes, canoas, etc. Dispõe de uma ótima carreira para puxar  embarcações para conserto.

"O único do gênero, nesta cidade, que possui mecanismo apropriado para o desenvolvimento de construções de embarcações, aparelhamento de maneira com almagem e machiamento, estando todos esses maquinismo instalados em um dos galpões onde funciona o estaleiro, à rua Marechal Deodoro". O único do Baixo Amazonas que foi condecorado com o diploma de honra e medalha de ouro da grande exposição nacional do centenário, realizado no Rio de Janeiro, em 1922.

Texto: Memória de Santarém - por Lúcio Flávio Pinto.

Obs: O Estaleiro Naval e Serraria a Vapor Juca Figueira foi montado no Bairro da Aldeia no inicio da década de 10 e funcionou até meados dos anos 50.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Centro Urbano de Santarém, 1966






Foto enviada por Carlos Augusto Chagas de Brasilia, mostrando o centro urbano de Santarém em 1966. No canto superior direito da foto o famoso Bar Vencedor, mais acima o antigo prédio dos Correios e Telégrafos,  rua Siqueira Campos,  praça da Bandeira e a rua Lameira Bittencourt com seu intenso movimento de pessoas indo e vindo. Foto tirada do segundo andar do Mercado Modelo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Santarém: Praça Barão de Santarém, 1945


Praça Barão de Santarém: A Câmara Municipal, que funcionava em prédio alugado, desejava construir sua própria sede, depois que Santarém foi elevada à categoria de cidade em 1848.

Encomendado o projeto, o engenheiro que o elaborou sugerio sua construção para além do morro da Fortaleza, no sentido Leste, argumentando que ali o clima era mais ameno, além de forçar a cidade a expandir-se para aqueles lados. Houve protesto, pois achavam que, além do morro da Fortaleza era mato, não havendo ainda a cidade chegado até lá, não existindo, por tanto, o bairro da Prainha. Mas prevaleceu o bom senso. Os vereadores aceitaram a sugestão lógica do engenheiro e mandaram abrir um quadrilátero na mata e lhe deram o nome de Praça da Municipalidade, iniciando imediatamente a construção da Intendência (Prefeitura), isto em 1853.

Com a morte do Barão de Santarém, ocorrida a 16 de agosto de 1882, uma Lei  Municipal foi sancionada dando à Praça da Municipalidade o nome  de Praça Barão de Santarém, com caráter de perpetuidade.

A Praça é também conhecida popularmente como Praça de São Sebastião, por ficar ali a então capela, hoje Matriz de São Sebastião.

Obs foto: Aparecem, a antiga capela de São Sebastião, o correto, o Obelisco e a antiga Prefeitura.

Foto: Extraída Página Social de Sidney Canto.

Texto: Livro Santarém Logradouros  Públicos de Wilde Dias da Fonseca.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Santarém: Igreja de Nossa Senhora da Conceição, 1966


Primeiro Carro Motorizado: Muito embora tenha sido um auto-caminhão o primeiro carro motorizado a percorrer as pacatas e arenosas ruas de Santarém em 1926, trazido pela Fazenda de Sementes (órgão federal) na administração do Dr. Grover, foi entretanto, iniciativa particular de Daniel Rebouças de Albuquerque, no ano de 1931, a utilização pública desse veículo para transporte de passageiros (automóvel) e carga (caminhão) em nossa cidade. Com a sua habilidade de mecânico, Daniel transformou um velho automóvel em pequeno caminhão de carga.

Texto: Wilson Fonseca

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Santarém: Avenida São Sebastião







Avenida São Sebastião, década de 40.

Paralela à Rui Barbosa, vem a São Sebastião. Ela foi chamada Rua Novo Mundo, mas depois recebeu o nome de Avenida São Sebastião, pelo fato de ela ter seu início às proximidades da antiga capela do Santo Padroeiro do Bairro da Prainha. Ao ser traçada a Avenida São Sebastião pelo engenheiro agrimensor Dr. Anísio Chaves, surgio um problema. Como já existia o cemitério de Nossa Senhora dos Mártires, parte dele teve que ser recuado para não quebrar o traçado da nova avenida. Houve clamores porque algumas sepulturas ficaram do lado de fora e tiveram de ser demolidas. Foi uma barra pesada para o Prefeito ( ou Intendente ) daqueles tempos. Predominou, contra os clamores, o bom senso e a "São Sebastião" não teve o seu traçado prejudicado.

Obs foto: Nesta época só existiam três prédios na Av. São Sebastião, O hospital São José ao fundo (hoje colégio Dom Amando), o Convento São Francisco, e o orfanato Santa Clara (que não aparece na foto).

Foto: Extraída da Página Social de Sidney Canto.

Texto: Livro Santarém Logradouros Públicos de Wilde Dias da Fonseca.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Santarém: Cemitério Nossa Senhora dos Mártires

Cartão postal do cemitério Nossa Senhora dos Mártires, final do século XIX.

Em idos de 1855, uma epidemia de " cólera morbus " infectou a população da recém criada cidade de Santarém e outros municípios vizinhos. Até aquela época era costume que os cemitérios ficassem próximo às igrejas ou mesmo, como chegou a ocorrer na Matriz de Santarém, alguns mortos eram sepultados dentro das próprias igrejas das vilas e cidades do interior.

O Cemitério Nossa Senhora dos Mártires surgio, portanto, para receber os falecidos da " peste", muito deles recolhidos numa carroça pelo padre João Antonio Fernandes, que levava os defuntos para os enterrar em um local fora dos limites da cidade, por isso mesmo, o Padre João é considerado por alguns como fundador do Cemitério Nossa Senhora dos Mártires. Sua capela foi construída pelo poder público em idos da década de 1870. Alguns atribuem a Monsenhor José Gregório Coelho a iniciativa da construção. Há relatos de que o altar de Mármore da Matriz de Nossa Senhora da Conceição era, na verdade, destinado para a capela do cemitério de nossa Senhora dos Mártires, mas como era grande para as proporções modesta da capela, Monsenhor José Gregório optou por montá-lo na Matriz, substituindo o antigo alta-mor da padroeira feito em madeira.

O mais antigo jazigo que se pode ver e o do Padre Raimundo Antonio Fernandes ( irmão do Padre João Fernandes ) que faleceu em Santarém no dia 06 de Agosto de 1864. A capela foi reconstruída em 1948 na gestão do prefeito Aderbal Tapajós Caetano Corrêa. A linha arquitetônica da capela é bem simples para os padrões da época. Possui uma porta central em forma de arco e no alto da fachada um frontão, duas pinhas e um pedestal sustentando um crucifixo.

Em fins da década de 1940, o prefeito Aderbal Tapajós Caetano Corrêa decidiu fazer a Avenida Mendonça Furtado cortando o terreno do único cemitério de Santarém, apesar dos protestos de algumas famílias que tiveram que remanejar a sepultura de seus mortos. O poder público inaugurou em 19 de Dezembro de 1949 o cemitério de São João Batista.

Foto: Horácio Silva, enviada por Sidney Mesquita.

Texto: Sidney Canto

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Santarém: Círio de Nossa Senhora da Conceição

Círio de Nossa Senhora da Conceição, década de 40.
Esta foto foi enviada pelo meu amigo Sidney Mesquita, a foto mostra o círio de nossa senhora da Conceição na rua João Pessoa ( hoje Lameira Bittencourt ). Atualmente esta parte do rio está ocupada pela praça do Pescador e avenida Tapajós.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Foram presos o prefeito de Santarém e o delegado de polícia

Deu no Jornal Folha do Norte, de Belém, no dia 22 de Fevereiro de 1956



Fonte: Acervo particular de Ignácio Neto sobre a Revolta de Jacareacanga.

* A Revolta de Jacareacanga ocorreu em Fevereiro de 1956, no Brasil. Foi um levante de Militares da Aeronáutica que não apoiavam Juscelino Kubitschek, Presidente da República que tomou posse menos de um mês antes. Dois oficiais da Aeronáutica tomam em 11 de Fevereiro dois aviões em base militar no Rio de Janeiro e desviam para Santarém e Jacareacanga, no Pará, em ensaio de golpe militar. A revolta terminou no dia 29 de Fevereiro de 1956.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Santarém - Alvo das atenções do Mundo


Deu no Jornal Folha Vespertina, de Belém, no dia 21 de Fevereiro de 1956

A tranquila cidade do interior transformada em praça de guerra pelos oficiais revoltosos

                             

                             

Santarém é a mais importante cidade do interior parense. Grande comércio, com indústrias, grande movimento social, ponto obrigatório de aviões para reabastecimento. Depois de cair em poder das forças do major Haroldo Veloso, a vida da cidade mudou. Tudo está sob controle dos revoltosos. Não há comunicação para o exterior, pois que a estação do DCT, a da Panair e a da FAB estão em mãos do grupo sedicioso. Também o porto está fechado. Por isso, suspenderam-se as escalas por ali, por medida de segurança. De repente tudo mudou. Hoje Santarém é falada em todo o mundo. Mas como cidade apoderada pelos revoltosos. As fotos mostram Santarém num dia tranquilo e normal de sua vida de cidade de interior. Na primeira, assinalado, o prédio dos Correios e Telégrafos, na praça Monsenhor José Gregório. Na outra, o porto, com vários navio fundeados. E Santarém vai ser teatro, dentro das primeiras horas, de uma batalha militar, cujas proporções não se pode ainda calcular.

Fonte: Acervo particular de Ignácio Neto sobre Revolta de Jacareacanga.

* A Revolta de Jacareacanga ocorreu em Fevereiro de 1956, no Brasil. Foi um levante de militares da aeronáutica que não apoiavam Juscelino Kubitschek, Presidente da República que tomou posse menos de um mês antes. Dois oficiais da Aeronáutica tomam em 11 de Fevereiro dois avião em base militar no Rio de Janeiro e desviam para Santarém e Jacareacanga, no Pará, em ensaio de golpe militar. A revolta terminou no dia 29 de Fevereiro.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Santarém: Rua Siqueira Campos, 1948




Uma visão da rua Siqueira Campos, cerca de 60 anos atrás.
Uma época ainda romântica, típica de cidade de beira de rio.
Asfalto era algo impensável para aquele tempo.
Assim como era difícil veículos automotores.
Apesar do calor, as pessoas circulavam sempre bem arrumadas, de terno.

Fonte: Santarém em Conexão

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Santarém: Praça Rodrigues dos Santos, 1973


Praça Dr. Rodrigues dos Santos: A Praça Dr. Rodrigues dos Santos foi das que teve maior número de denominações. entre nomes oficiais e não oficiais. Vamos começar pelos não oficiais, partindo dos primórdios de nossa História. Era lá, onde hoje é a Praça Rodrigues dos Santos que ficava o agrupamento principal dos índios Tupaius ou Tapajós, quando aqui chegou o fundador de Santarém, o padre João Felipe Bettendorf. Era um grande quadrilátero aberto na mata e que os índios denominavam de Ocara-Açu, que quer dizer Terreiro Grande.

Como foi lá que Bettendorf construiu a primeira igreja, que foi dedicada a Nossa Senhora da Conceição, os próprios índios mudaram o nome Ocara-Açu para Tupana-Ocara, Que quer dizer Terreiro de Deus. Com passar dos anos, conforme algo importante ocorresse no local, os nomes iam mudando. Esses nomes não oficiais foram: Largo das Amendoeiras, Largo do Teatro, Largo da Usina, Praça das Missões, Praça do Congresso e até recentemente Praça do Cruzeiro.

Esses nomes não eram oficiais, mas era por esses apelidos que a praça ere denominada pelo povo da cidade. Agora, quando aos nomes oficiais foram: Praça da Imperatriz, ao tempo do Império. Com a queda da Monarquia, ocorrida em 1889, a praça teve seu nome mudado para Praça da República, e assim foi até 1926. Em 25 de novembro de 1926 veio a falecer o ilustre santareno Dr. Manoel Waldomiro Rodrigues dos Santos e no ano seguinte (1927) à Praça da república foi dado o nome de Praça Dr. Rodrigues dos Santos, nome oficial que permanece até nossos dias. Até agora foram oito os nomes não oficiais e três os oficiais. Onze denominações, portanto, para um mesmo local.

É bom lembrar que foi lá que nasceu a nossa cidade de Santarém. Em 1967 o Prefeito Elias Pinto colocou lá uma estátua de corpo inteiro e no tamanho natural do Brigadeiro Haroldo Veloso, que, anos depois, foi de lá retirada. Não sei qual o destino que deram a essa estátua.

Texto: Livro Santarém Logradouros Públicos de Wilde Dias da Fonseca.