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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Santarém: Do Hidroporto ao Aeroporto

 O flutuante da " Panair do Brasil " era o aeroporto da cidade. Foto: 1938







No hidroporto de Santarém, escalavam regularmente os hidroaviões de uma das maiores empresas de transportes aéreos nacionais: a Panair do Brasil S.A., que, com seus aviões anfíbios, realizava em média seis escalas semanais na sede do município.

Como a cidade não dispunha de um aeródromo até o final dos anos de 1940, os aviões anfíbios e cargueiros tanto da Panair do Brasil S.A. como da Cruzeiro do Sul S.A., que faziam o percurso Belém / Manaus, por não poderem aterrizar em Santarém, escalavam apenas em Belterra, que sendo a sede do Projeto Ford, dispunha de toda a infra-estrutura necessária para receber tais aviões.

A Panair do Brasil fazia quatro escalas semanais em Belterra, e a Cruzeiro do Sul, apenas duas. Os cargueiros sem linha regular, que trafegavam entre Belém e Manaus quando necessário, também faziam escalas em Belterra sem data ou hora determinada.

Foi somente no final dos anos de 1940 que teve início a construção do aeródromo de Santarém. O local escolhido era uma área devoluta, situada na zona leste da cidade, de grandes dimensões, que ainda permanecia completamente despovoada até aquele período ( hoje Bairro do Aeroporto Velho ).

 Antigo aeroporto de Santarém, 1962.
Com a conclusão e o funcionamento do aeródromo de Santarém, a navegação aérea se tornou cada vez mais intensa, bem como o trânsito de aviões que faziam linhas regionais e nacionais. Isso contribuiu significativamente para o crescimento do município e das regiões vizinhas, além de ter substituído gradativamente o hidroporto, que inúmeros serviços prestava à sociedade santarena e do Baixo Amazonas.

Com a construção do aeródromo, as empresas aéreas regionais e nacionais que realizavam o percurso Belém / Manaus passaram a fazer escala regular em Santarém, e não mais em Belterra, e a sede do município se tornava ponto obrigatório não mais apenas da navegação fluvial, mas também da aérea, marcando uma nova época na história dos santarenos.

Texto: Santarém: Uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.

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