Iluminação Elétrica
Até o início do século XX, Santarém, como as demais cidades vizinhas, só dispunha de um sistema de iluminação arcaico e bastante deficitário, com o uso dos lampiões de querosene, que ficava expostos e suspenso em poste de ferro espalhados nas áreas de maior movimento e concentração populacional.
No dia 07 de Setembro de 1908, o Sr. Antônio Dias Vieira, pretendendo acionar um aparelho cinematográfico no Teatro Victoria, instalou a luz elétrica, o que foi um fato inédito na cidade. Durante os primeiros meses, a luz elétrica ficou restrita apenas ao teatro. Porém, por ocasião das festividades de Nossa Senhora da Conceição daquele ano, a praça monsenhor José Gregório, palco das festividade, passou também a ser iluminada, dando mais brilhantismo às cerimônias religiosas e ao arraial.
Posteriormente, novas instalações foram feitas, e o Sr Antônio Vieira continuava mantendo o serviço de iluminação elétrica na cidade. O motor utilizado era de 18 HP, e poucas eram as residências ou os estabelecimentos comerciais que ser beneficiavam do serviço, que era considerado bastante oneroso, uma vez que chegava a custar o equivalente a "Cr$ 3,00 por cada lâmpada de 25 vela".
Em 1915, o intendente municipal Galdino Veloso chegou a fazer um contrato com o Sr. Antônio Vieira, para que o sistema de iluminação fosse estendido até as ruas e logradouros públicos da cidade. Para atender à nova demanda, o concessionário passou a utilizar um novo motor de marca Hemington , de 30 HP, que "fornecia corrente contínua com a voltagem de 110 volts".
Embora não fornecesse energia regulamente, o sistema de iluminação pública passou representar um grande avanço na infraestrutura da cidade, não apenas por substituir os poéticos lampiões de querosene, mas também por oferecer novas possibilidades de desenvolvimento e crescimento da economia de santarém, através da instalação de novas indústrias.
Dois anos depois, em 1917, o sistema de iluminação elétrica melhorou ainda mais a qualidade do serviço que prestava à sociedade santarena. Nesse ano, chegava à cidade a nova caldeira, com 40 HP de potência, que passou a fornecer energia elétrica em maior quantidade e com mais frequência e regularidade.
A partir de 1922, em decorrência da crescente demanda, o então intendente municipal passou a contratar serviços de iluminação da firma Franklin S. Gonçalves. Anos mais tarde, com o aumento do números de ligações, o Prefeito Bernardo Borges Pires Leal adquiriu um novo equipamento gerador de energia, e mandou construir um prédio próprio para instalar o novo maquinário. A usina municipal de eletricidade, que só seria inaugurada em 1937, na gestão do prefeito Edgar de Sousa Franco.
Com o crescente consumo de energia, tanto pública quanto domiciliar, alguns anos depois, a energia elétrica gerada pela usina municipal acabou ficando cada vez mais insuficiente para satisfazer as necessidades dos usuários santarenos.
No fim dos anos de 1940, o interior do município também passou a ser beneficiado pelo sistema de iluminação elétrica. No ano de 1947, a usina municipal de eletricidade fornecia energia a " 48 logradouros e 765 ligações domiciliares ".
Esse rústico sistema de iluminação elétrica pouco contribuiu para o crescimento econômico do município, pois fornecia energia insuficiente e de pouca qualidade, que não permitia a instalação de centros industriais capazes de possibilitar novos empregos e gerar impostos, viabilizando o desenvolvimento regional.
Texto: Santarém: Uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.
Posteriormente, novas instalações foram feitas, e o Sr Antônio Vieira continuava mantendo o serviço de iluminação elétrica na cidade. O motor utilizado era de 18 HP, e poucas eram as residências ou os estabelecimentos comerciais que ser beneficiavam do serviço, que era considerado bastante oneroso, uma vez que chegava a custar o equivalente a "Cr$ 3,00 por cada lâmpada de 25 vela".
Em 1915, o intendente municipal Galdino Veloso chegou a fazer um contrato com o Sr. Antônio Vieira, para que o sistema de iluminação fosse estendido até as ruas e logradouros públicos da cidade. Para atender à nova demanda, o concessionário passou a utilizar um novo motor de marca Hemington , de 30 HP, que "fornecia corrente contínua com a voltagem de 110 volts".
Embora não fornecesse energia regulamente, o sistema de iluminação pública passou representar um grande avanço na infraestrutura da cidade, não apenas por substituir os poéticos lampiões de querosene, mas também por oferecer novas possibilidades de desenvolvimento e crescimento da economia de santarém, através da instalação de novas indústrias.
Dois anos depois, em 1917, o sistema de iluminação elétrica melhorou ainda mais a qualidade do serviço que prestava à sociedade santarena. Nesse ano, chegava à cidade a nova caldeira, com 40 HP de potência, que passou a fornecer energia elétrica em maior quantidade e com mais frequência e regularidade.
A partir de 1922, em decorrência da crescente demanda, o então intendente municipal passou a contratar serviços de iluminação da firma Franklin S. Gonçalves. Anos mais tarde, com o aumento do números de ligações, o Prefeito Bernardo Borges Pires Leal adquiriu um novo equipamento gerador de energia, e mandou construir um prédio próprio para instalar o novo maquinário. A usina municipal de eletricidade, que só seria inaugurada em 1937, na gestão do prefeito Edgar de Sousa Franco.
Com o crescente consumo de energia, tanto pública quanto domiciliar, alguns anos depois, a energia elétrica gerada pela usina municipal acabou ficando cada vez mais insuficiente para satisfazer as necessidades dos usuários santarenos.
No fim dos anos de 1940, o interior do município também passou a ser beneficiado pelo sistema de iluminação elétrica. No ano de 1947, a usina municipal de eletricidade fornecia energia a " 48 logradouros e 765 ligações domiciliares ".
Esse rústico sistema de iluminação elétrica pouco contribuiu para o crescimento econômico do município, pois fornecia energia insuficiente e de pouca qualidade, que não permitia a instalação de centros industriais capazes de possibilitar novos empregos e gerar impostos, viabilizando o desenvolvimento regional.
Texto: Santarém: Uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.
Muito orgulho deste homem que é meu Avô Materno.. lembro da minha mãe contando as historias dele e desta usina quew ele mandou buscar em São Paulo, e levada em lombo de burro, levou a luz elétrica para o cinema e para a Padaria...
ResponderExcluirDo lado de minha casa funcionou uma usina de energia produzida por vapor. tinha uma caldeira a lenha até os anos de 1960.
ResponderExcluirmorei do lado da usina que tinha uma caldeira e um gerador desde 1959 e hoje sou engenheiro de caldeira e reproduzo energia via caldeira
ExcluirMeu avô Antonio Dias Vieira! Homem empreendedor de quem tenho muito orgulho, pai de minha mãe, Wanda Dias Vieira Ribas, que nós contava como era meu avô.
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