O Jornal - sexta-feira, 9 de Abril de 1954
Estão sendo construído em estaleiro da Holanda 12 navios que se destinam a renovar a frota mercante que serve á Amazônia, sob responsabilidade da SNAPP. A primeira dessas unidades será lançada no tráfego, entre julho a agosto do decorrente ano. Em contato com a reportagem, o comandante Edir Carvalho Rocha diretor geral do órgão em apreço, informou que, dos navios que estão sendo construído, um terá 1.300 toneladas e se destina á linha Belém, Mosqueiro e Soure, na ilha do Marajó.
Esse navio, que será batizado com o nome de "Presidente vargas ", é um dos mais modernos do mundo, equipado com dois motores "Sulzer", de 1450 cavalos cada um é desenvolver a velocidade de 21 milhas. Transportando 750 passageiros em poltrona tipo "Pullman" e possui um bar-restaurante com ar condicionado. Os porões estão preparados para transportar caminhões e pequenos tratores, objetivando-se o desenvolvimento da lavoura na ilha do Marajó.
Finalmente, trata-se de uma embarcação aparelhada para transportar com toda segurança e conforto, os passageiros de Belém a Mosqueiro em 50 minutos, e de Belém a Soure, em 3 horas. O "Presidente vargas " entrará em tráfego em setembro outubro próximo.
O segundo tipo de embarcação é de 1.500 toneladas, e em número de quatro.
A primeira da série, que recebeu o nome de "Leopoldo Perez" em homenagem ao deputado amazonense já falecido, deverá entrar em tráfego no próximo mês de julho ou, o mais tardar, em princípio de agosto. As embarcações desse tipo terão motor de 1.200 cavalos de força e desenvolverão a velocidade de 13 milhas e meia. Foram cuidadosamente projetadas, tendo em vista as condições amazônicas, tanto de clima como de navegabilidade das vias fluviais, e as especiais condições locais. Nessas embarcações do tipo "Leopoldo Perez", não transportaremos mais gado em pé, para o consumo da tripulação e dos passageiros, pois todas elas dispõem de ótimos frigoríficos.
Fotos inéditas do Navio Leopoldo Perez no estaleiro da Holanda.
Fazemos uma viagem Belem Manaus en Out de 1971. Longinquos tempos
ResponderExcluirQue bom que conseguiram guarda essas fotos
ResponderExcluirNos anos setenta, eu viajei no Leopoldo Peres e no Lobo d"Almada. Ficaram lembranças muito boas dessas viagens, embora, em uma delas, o Lobo d'Almada tenha se chocado com uma pedra, na baía do Guajará, chegando em Belém, e minha família tenha colocado os coletes salva-vidas e esperado pelo pior, que não aconteceu. Creio que esse evento tenha ocorrido no começo do ano de 1979.
ResponderExcluircorrigindo, o evento narrado deve ter ocorrido em julho de 1973. Lembrei disso porque minha mãe estava grávida do meu irmão menor, que só nasceu em setembro de 1973 e estávamos indo passar férias de julho em Belém.
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