
Um funcionário do Sesp passou um dia inteiro, em agosto de 1961, batendo de porta em porta pela cidade. Perguntava à entrada se havia torneiras defeituosas na casa, "quando deveria pedir licença, entrar e verificar se as torneiras estavam funcionando com perfeição", segundo O Jornal de Santarém. Na maioria das residências ocorria vazamento, que provocava desperdício de água "em volume incalculável". Daí a constante falta de água.
O abuso, porém, tinha data para acabar: a prefeitura e o Sesp assinaram convênio, em agosto de 1961, para a criação e instalação do Serviço Autônomo de Água e Esgotos, que seria administrado pelo órgão federal. O primeiro chefe foi Dilton de Melo Leite, engenheiro do Sesp.
Além da ampliação da rede de tubulação e melhoria do serviço de água, começariam a ser instalados hidrômetros, medindo o consumo dos moradores. Eles passariam a pagar pelo que gastassem. Até começar a vigorar essa inovação, o pagamento ainda seria feito por uma tabela, que considerava como referência o salário mínimo (da taxa equivalente a 2%, para o consumo público até 15 metros cúbicos, até o máximo de 55% do salário mínimo, para o consumo industrial de 121 metros cúbicos em diante) e a quantidade de torneiras.
Texto: Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto
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