A iluminação pública já era satisfatória e o abastecimento de água fora
normalizado, mas em 1963 as obras do novo mercado municipal se
arrastavam. Por isso, O Jornal de Santarém cobrava providências para
permitir o fechamento do antigo mercado, na João Pessoa, a principal rua
de comércio da cidade, que já não comportava "o volume de pessoas que
procuravam nesse próprio municipal abastecer-se do alimento diário".
Segundo
o jornal, "quem por descuido chegar um pouquinho mais tarde e tentar
penetrar no interior do velho e acanhado mercado, sai dali com as carnes
amassadas e os ossos doloridos". A luta para chegar junto ao balcão do
açougue "requer sacrifícios tremendos, de tal sorte que as pessoas de
idade, doentes ou senhoras em certas condições não podem suportar e o
remédio para esses males e esses sofrimentos está no acabamento e
inauguração do novo mercado, amplo, confortável, em condições de servir
satisfatoriamente à população".
Além disso, era necessário "retirar
da rua João Pessoa a feira livre que ao redor do mercado se estabelece
diariamente e notadamente aos sábados e domingos, quando sitienses
aparecem, expondo à venda suas criações, frutas e outros produtos do seu
labor, deixando, é claro, essa movimentação de negócios uma sujeira,
além de causar embaraço no trânsito de veículos e pedestres".
Com a
conclusão do novo mercado, "todos os inconvenientes apontados
desaparecerão da rua João Pessoa, sala de visitas da cidade, porque a
venda de carnes, frutas, aves, etc. se deslocará para o novo e
apropriado local".
Foto: Sidney Canto
Texto: Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto
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