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terça-feira, 24 de julho de 2012
Santarém: Cartão Postal Final do Século XIX
A água em Santarém - Final do Século XIX
A água, captada do rio Tapajós, era depositada em barris e dornas de madeira, para o asseio e higiene, e em talhas, potes, bilhas e moringas para ser bebidas. Potável por excelência, a água cristalina do "mais belo rio do mundo" não era previamente fervida e nem filtrada, mas apenas coada em pano de tecido de algodão preferentemente. "As praias extendem-se muitas milhas para baixo ou para cima da cidade e é alí que se fazem todos os serviços de lavagem de roupa da localidade, vendo-se os linhos extendidos na areia quente, o que produz um agradável espetáculo. Durante todas as horas do dia, vêem-se alí inúmeros banhistas. Os filhos dos índios e dos negros nadam como peixe". ( Alfred Russel Wallace - obra citada ).
Para os banhos, os habitantes da classe mais abastada, mantinham banheiros de madeira à beira do rio, construídos sobre rodas, para locomoçã à medida que a água crescia ou vasava. Serviam para troca de roupas ou banho-de-cuia para os que não se dispunham mergulhar no rio. Aos amigos cediam-se as chaves por empréstimo. O costume de banheiros ribeirinhos alcançou até o ano de 1945, quando Santarém passou a ser servida de água encanada.
OBS: Hoje essa praia está ocupada pelo asfalto da Av. Tapajós e pela orla da cidade.
Foto: Extraida da Página Social de Sidney Canto.
Texto: Livro Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca.
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