Na Região Amazônica, os grandes rios e as imensas regiões alagadas, até no período sem chuvas, impediam, como impedem até hoje, a implantação de uma boa estrutura de ligações terrestres entre as localidades. As fortíssimas e constantes chuvas degradam e tornam intransitáveis, no período de um a dois anos, qualquer estrada construída, mesmo as pavimentadas. Mercê da densa floresta tropical, da escassez de estradas de rodagem e das dificuldades de navegabilidade, apresentadas pela maioria das drenagens em alguns períodos do ano, indubitavelmente o transporte aéreo sempre foi e, ainda, é um fundamento de destacado valor no processo de integração e assistência das povoações da Região.
Nesse cenário, entre as décadas de quarenta e oitenta, os hidroaviões e as aeronaves anfíbias exerceram papel importante nos primeiros passos para a implantação e o desenvolvimento da aviação comercial nacional naquela área. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) foram matriculadas vinte e duas aeronaves CATALINA civis (PBY-5, PBY-5A, PBY-6A, Canso A, e Canso OA-10A), para operações de transporte de carga e passageiros, do ano de 1944 ao de 1958.
E o CATALINA, sem dúvida, foi o protagonista central – junto com os sempre anônimos e valorosos Homens que o conduziam e o apoiavam – dessa inestimável contribuição da aviação civil para a preservação e consolidação da integridade cultural e territorial do nosso Brasil na Amazônia.
O enaltecimento dos Homens que conseguiram levar a termo as façanhas dessa verdadeira epopeia de conquistas e realizações dos CATALINA, na Amazônia, jamais poderá ser demasiado. Desde os de visão estratégica e determinação que investiram nos projetos das linhas aéreas de suas empresas e os operacionalizam, aos de espírito corajoso, aventureiro, solidário e abnegado, que tripulavam as aeronaves e as levavam aos mais distantes rincões da Hileia. E, aos desbravadores de mesmas virtudes que, em cada pouso ou amerissagem, lá já encontravam, cuidando de todos os detalhes do apoio não só para o voo dessas máquinas como para o atendimento dos seus tripulantes e passageiros.
Além de vencer as intempéries naturais da Região, tiveram que superar toda a sorte de dificuldades logísticas, implantando tudo o que era necessário à operação segura das aeronaves, muitas das vezes, na inspiração do improviso e da criatividade. Assim foi com as comunicações-rádio, os radiofaróis (NDB) de orientação à navegação aérea, as informações da meteorologia, a marcação e o balizamento de hidropistas, as boias para ancoragem, os flutuantes de embarque, desembarque, e reabastecimento, o suprimento e a manutenção de emergência para os aviões e os equipamentos, entre tantas outras.
Texto: Catalinas no Brasil
Fotos: Santarém, 1949 e 1960
Você se Lembra?

domingo, 21 de outubro de 2018
sábado, 20 de outubro de 2018
Antiga orla da Adriano Pimentel, 1971
Antiga orla da Adriano Pimentel, 1971. Tendo ao fundo, o antigo trapiche municipal de Santarém, em época de rio cheio.
domingo, 14 de outubro de 2018
Santarém: Av. Adriano Pimentel, 1964
Avenida Adriano Pimentel em 1964, totalmente de chão batido. Tendo como destaque na foto, o Hotel Uirapuru, um prédio de três andares que pertencia ao advogado Ubirajara Bentes de Sousa.
domingo, 16 de setembro de 2018
Antigo Trapiche Municipal de Santarém
Foto tirada do Bar Mascote, mostrando o movimento de embarcações no antigo Trapiche Municipal de Santarém. No porto, atracado o navio da extinta SNAPP.
Década de 1960.
domingo, 9 de setembro de 2018
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
domingo, 1 de abril de 2018
Santarém, Hotel Mocorongo, 1965
Hotel Mocorongo, situado na margem direita do rio Tapajós, quase em frente a Praça Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
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