Você se Lembra?

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Santarém: Hidroporto da Panair do Brasil, 1947

Na edição de 1933, o jornal de Santarém registrou com "satisfação" a estadia em Santarém de Pedro Moura, "o competente engenheiro chefe dos serviços de sondagens no rio Tapajós". Ao fazer o percurso entre Belém e Santarém num avião da Panair, ele se tornou o primeiro passageiro "que se utilizou daquele rápido meio de transporte, após a inauguração da linha de navegação aérea Belém-Manaus". Num aparelho tipo Sikorsky, o vôo foi iniciado as sete horas da manhã do dia primeiro de novembro de 1933, chegando em Santarém as 10:52, depois de fazer escalas em Breves, Gurupá e Prainha. No trajeto foram consumidos 50 galões de gasolina, repartidos em 100 latas.

O Hidroporto da Panair do Brasil ficava em frente a praça da Matriz.
Texto: Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto  


No dia 15/9/1930, a empresa norte-americana NYRBA foi extinta, absorvida pela Pan American. Sua subsidiária brasileira, a NYRBA do Brasil, foi extinta no dia 17/10/1930. No seu lugar surgiu a Panair do Brasil, cujo nome foi aprovado pelo decreto 19.417, assinado no dia 21/11/1930. A frota da nova empresa incluía 8 hidraviões (4 Consolidated Commodore e 4 Sikorsky S-38). Ela foi autorizada a explorar vôos regulares postais e de passageiros ao longo da costa brasileira. Sua primeira operação foi no dia 28/11/1930. A Pan American voava dos Estados Unidos até Belém do Pará. De lá, a viagem prosseguia para o sul nas aeronaves da sua subsidiária brasileira, mas, até 1935, todas as tripulações eram norte-americanos. Em 1936, foram adquiridos 2 aviões Fairchild 91 e 2 Lockheed Electra. Em 1933, a Panair do Brasil começou a expandir suas linhas na Região Norte, ligando Belém a Manaus, com escalas em Cametá, Curralinho, Gurupá, Monte Alegre, Santarém, Óbidos, Parintins e Itacoatiara. Em 1936, a linha foi estendida até Porto Velho, passando por Borba, Manicoré e Humaitá, ao longo do Rio Madeira. Em 1938, os últimos pilotos norte-americanos foram substituídos por brasileiros.

Texto: http://www.catalineiros.com.br/

Um comentário:

  1. Nasci em 1940 e tenho muita lembrança de todas as tardes assistir as decolagens e as chegadas do catalina no hidro-porto coisa que me deixava fascinado

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