Uma visão da orla da cidade de Santarém, no ano de 1929. Tendo como destaque, o "caizinho" ( parte arborizada ), o saudoso "castelo" e ao fundo no centro da foto, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição sem as duas torres, desaparecidas em 1851 ( as atuais foram construídas em 1933 ). Do lado esquerdo da foto, uma parte da casa do Barão de Santarém.
Foto: Enviada pelo Blog Fragmentos de Belém
Você se Lembra?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Festa de aniversário do Dr. Adriano Pimentel em sua residência na praia da Vera Paz, 1906
No início do século XX, outras opções de lazer da sociedade santarena eram as reuniões sociais e os bailes oferecidos pelas famílias ilustres da cidade, que recebiam seus amigos e familiares nos salões das santuosas residências para a comemoração de eventos significativos. Nos bailes, os convidados ficavam divididos por sexo: os cavalheiros eram colocados de um lado do salão, e as damas, do outro, onde permaneciam à espera da indicação de seu par, previamente escolhido pelo mestre de cerimônia, que dirigia toda a programação.
Foto: Horácio Silva
Texto: Santarém uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim
Foto: Horácio Silva
Texto: Santarém uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Santarém: Praça da Matriz, década de 20
Praça Monsenhor José Gregório: Depois da Praça Dr. Rodrigues dos Santos, a Praça Monsenhor José Gregório é a mais antiga de Santarém. Lá já foi cemiterio e passou a ser Praça da Matriz após a construção da atual igreja de Nossa Senhora da Conceição, que teve seu início em 1761. No princípio não havia ainda a arborização e a praça em frente à igreja era de chão batido, que descia desde a igreja até o barranco à beira do rio. Ao centro dessa praça, havia um grande cruzeiro, que desapareceu nos primeiros anos do século XX. O cruzeiro foi substituído por coretos provisórios onde as bandinhas locais tocavam durante as festas da padroeira.
Foi somente em 1917 que o então Prefeito ( Intendente ) Dr. Oscar Barreto promoveu a arborização da praça com "fícus-benjamins", árvore ornamentais ainda hoje existente, e colocou um coreto mais ou menos permanente ao centro dela. Então, foi somente a partir de 1917 que à frente da igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída uma praça de verdade.
Foto: Apolônio Fona
Texto: Santarém, Logradouros Públicos de Wilde Dias da Fonseca
sábado, 26 de janeiro de 2013
Hotel Oriental, 1950
Da primeira metade do século XX. Os turistas e visitantes que chegavam a Santarém por motivos de passeio ou negócios, muitas vezes acabavam hospedados nas santuosas residência de seus parentes e amigos no centro comercial, enquanto aqueles que não se enquadravam nessas condições tinham que buscar novas opções.
As opções eram poucas e dependiam da condição social e financeira de cada um. A cidade dispunha de apenas um hotel e duas pensões, que, embora desprovida de conforto e instalações de luxo, correspondiam às exigências e expectativas de seus usuários.
O hotel era mais confortável. Ficava na Rua João Pessoa ( hoje Lameira Bittencourt ), na antiga residência do Barão Tapajos. Os quartos eram amplos, requintados e, além do valor Histórico ofereciam uma magnífica visão do maravilhoso encontro das águas em frente à cidade. Contudo, todo esse conforto custava caro, e nem todos os que desejavam podiam se hospedar no famoso Hotel Oriental, localizado bem no centro da cidade de Santarém.
Texto: Santarém uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Santarém: Teatro Vitória década de 60
A história do Teatro Victória está associada à longa e demorada trajetória de sonhos e lutas de jovens santarenos que, na época, tendo como ideal desenvolver a arte local. Almejaram construir aqui um espaço apropriado para a realização de grandes eventos sociais e culturais, como acontecia nas grandes cidades amazônicas
Em 1895, um grupo de teatrólogos conseguiu da câmara municipal o terreno destinado à construção do teatro, localizado em frente à atual Praça Rodrigues dos Santos, no centro da cidade. Assim o grupo não perdeu tempo e iniciou a construção, onde os problemas e as dificuldades eram constantes, mas não diminuíram o sonho nem o desejo de seus idealizadores, que chegaram a recusar uma quantia significativa oferecida pelo governo já no ano em que o teatro fora inaugurado, por não quererem dever favores a ninguém, nem mesmo ao poder público.
O Teatro Victória , mesmo idealizado e constuído pela iniciativa de um grupo de jovens, sem dúvida marcou uma nova fase na cultura santarena, não apenas por representar os anseios daqueles que quiseram cunstruir na cidade um espaço próprio para as apresentações artisticas, como os já existentes nas capitais amazônicas ( Belém e Manaus ), mas principalmente pelo mesmo ter aberto o campo para que novas manifestações artísticas pudessem ser produzidas e apresentadas na região a partir daquele momento. Foi inaugurado em 28 de junho de 1896 com muita festa e expectativa por parte dos santarenos, na presença de diversas autoridades civis, militares e eclesiástica da capital do estado e ragião.
Texto: Santarém uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim
Em 1895, um grupo de teatrólogos conseguiu da câmara municipal o terreno destinado à construção do teatro, localizado em frente à atual Praça Rodrigues dos Santos, no centro da cidade. Assim o grupo não perdeu tempo e iniciou a construção, onde os problemas e as dificuldades eram constantes, mas não diminuíram o sonho nem o desejo de seus idealizadores, que chegaram a recusar uma quantia significativa oferecida pelo governo já no ano em que o teatro fora inaugurado, por não quererem dever favores a ninguém, nem mesmo ao poder público.
O Teatro Victória , mesmo idealizado e constuído pela iniciativa de um grupo de jovens, sem dúvida marcou uma nova fase na cultura santarena, não apenas por representar os anseios daqueles que quiseram cunstruir na cidade um espaço próprio para as apresentações artisticas, como os já existentes nas capitais amazônicas ( Belém e Manaus ), mas principalmente pelo mesmo ter aberto o campo para que novas manifestações artísticas pudessem ser produzidas e apresentadas na região a partir daquele momento. Foi inaugurado em 28 de junho de 1896 com muita festa e expectativa por parte dos santarenos, na presença de diversas autoridades civis, militares e eclesiástica da capital do estado e ragião.
Texto: Santarém uma Síntese Histórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
"Pousar ele pousou, o difícil foi decolar"
Inauguração do campo de aviação de Santarém por um "Lodstar" da Panair do Brasil em 2/5/1942.
Em Santarém os aviões também pousavam no rio, bem em frente à catedral. Tanto quanto o rio e outras cidades, necessitou de um aeroporto que recebesse igualmente as aeronaves em terra, já que a era dos hidroaviões comerciais se extinguia. E o campo foi construído em cima do Vira-Sebo ( um tremendo areal em aclive, que ia de onde se encontra o hospital municipal hoje, até as proximidades do Cambuquira ) e sem as devidas cautelas. Primeiro desmataram a área, e um piloto que sobrevoava Santarém resolveu desce na clareira aberta. Pousar ele pousou, o difícil foi decolar. O avião passou dias roncando desesperadamente por trás dos cemitérios, tentando alçar vôo e isto despertou a curiosidade da população que corria para o local para assistir ao inusitado espetáculo. Precisou vir gente de Belém que a custo tirou o avião atolado na areia. Depois fizeram uma pista macadamizada que deu para quebra o galho por algum tempo. Finalmente, veio a notícia alvissareira que sacudiu de contentamento o brio dos "mocorongos": Governo Federal ia constuir um aeroporto na cidade de Santarém, no mesmo lugar, com uma baita pista, capaz de servir de campo alternativo aos vôo internacionais que passavam sobre Santarém.
Foto e Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca.
Em Santarém os aviões também pousavam no rio, bem em frente à catedral. Tanto quanto o rio e outras cidades, necessitou de um aeroporto que recebesse igualmente as aeronaves em terra, já que a era dos hidroaviões comerciais se extinguia. E o campo foi construído em cima do Vira-Sebo ( um tremendo areal em aclive, que ia de onde se encontra o hospital municipal hoje, até as proximidades do Cambuquira ) e sem as devidas cautelas. Primeiro desmataram a área, e um piloto que sobrevoava Santarém resolveu desce na clareira aberta. Pousar ele pousou, o difícil foi decolar. O avião passou dias roncando desesperadamente por trás dos cemitérios, tentando alçar vôo e isto despertou a curiosidade da população que corria para o local para assistir ao inusitado espetáculo. Precisou vir gente de Belém que a custo tirou o avião atolado na areia. Depois fizeram uma pista macadamizada que deu para quebra o galho por algum tempo. Finalmente, veio a notícia alvissareira que sacudiu de contentamento o brio dos "mocorongos": Governo Federal ia constuir um aeroporto na cidade de Santarém, no mesmo lugar, com uma baita pista, capaz de servir de campo alternativo aos vôo internacionais que passavam sobre Santarém.
Foto e Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Santarém: Centro Recreativo 1943
Inaugurado em Setembro de 1943, construída em arquitetura portuguesa no antigo Bulevar Frei Ambrósio, atual Praça da Bandeira, a bonita e santuosa sede do Centro Recreativo foi, nesse período um dos principais centros de encontro e realização de eventos socioculturais de Santarém, sendo que apenas seus associados poderiam frequenta-los.
Também nesse período, o antigo Theatro Victória, que já funcionava como cinema, passou a abrir seus salões, oferecendo à sociedade santarena "bailes carnavalescos e não-carnavalescos", banquetes e recepções, onde eram comemorados eventos de diversos tipos e ocasiões.
Texto: Santarém uma Síntese Hitórica de Antonia Terezinha dos Santos Amorim.
Foto: Enviado por Halen Gonçalves.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Barco "Santareno" da Firma Sousa & Braga
"Era um naviozinho de casco de madeira, chamado SANTARENO, que fazia viagens de Santarém para Belém". Construído no estaleiro da firma Sousa & Braga. Fotografia tirada em 1905.
Fonte: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Santarém: Antiga Praça do Pescador, 1974
Antiga Praça do Pescador, e um pequeno trecho da rua dos Mercadores (depois chamada rua do Comércio, rua João Pessoa, e hoje, rua Senador Lameira Bittencourt). O prédio de 3 pavimentos pertenceu ao Barão de Santarém.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Santarém: A saga do Cinerama...
Como prometi no meu primeiro artigo, vou falar sobre o Cinerama.
Inaugurado em junho de 1978 e fechado em março de 2006, o último cinema
de Santarém até o momento, sempre teve na sua trajetória de quase 30
anos a árdua tarefa de entreter um público diferenciado em nossa cidade.
O cinema fora construído como resposta à inauguração do Cine Tapajós em 1977 no térreo do então Hotel Tropical. Antes disso, nós tínhamos o Cine Olímpia que concorria na época com o Cine Acácia e os dois cines eram a única opção para todos, tanto para a alta sociedade como para o povão. Ventiladores, cadeiras de madeira, ausência de tratamento acústico e tantos outros inconvenientes eram comuns às duas salas.
Quando o Cine Tapajós foi inaugurado com grande pompa e luxo, a high society santarena debandou-se para o novo cinema. Ar-condicionado, cadeiras estofadas, acústica perfeita e design moderno cativaram os mocorongos que abandonaram o Cine "Olympia" que ainda resistiu por mais nove anos graças ao povão. Óbvio que o ingresso era bem mais caro, segregando o público entre os cinemas e resultando no esvaziamento tanto do Olímpia como do Acácia.
Por questão de sobrevivência, meu pai (Raul Loureiro) decidiu construir um cinema ainda mais moderno e luxuoso para suplantar o Cine Tapajós. Nessa guerra, éramos nós contra a poderosa Varig, dona do Hotel Tropical e de uma cadeia de hotéis luxuosos pelo Brasil como também a maior companhia aérea da América Latina.
No início, a programação do Cine Tapajós acompanhava aos lançamentos de filmes junto com as capitais, nem preciso dizer que a Varig trazia os filmes de graça em seus aviões. Finalmente, depois de um ano e meio de construção, inauguramos o Cinerama. Ele era tão moderno na época, que jornais de Belém e Manaus noticiaram o feito com muitos elogios. Até hoje, ele é um prédio que impõe respeito com a sua fachada. Foi o único cinema do país com sala de vidro exclusiva para fumantes e a tela tinha uma curvatura tão ampla que era comparável à uma rampa de skate. Isso trazia conforto visual para quem assistisse ao filme sentado nas laterais. A central de ar era enorme e consumia uma quantidade absurda de água e energia elétrica.
O cinema fora construído como resposta à inauguração do Cine Tapajós em 1977 no térreo do então Hotel Tropical. Antes disso, nós tínhamos o Cine Olímpia que concorria na época com o Cine Acácia e os dois cines eram a única opção para todos, tanto para a alta sociedade como para o povão. Ventiladores, cadeiras de madeira, ausência de tratamento acústico e tantos outros inconvenientes eram comuns às duas salas.
Quando o Cine Tapajós foi inaugurado com grande pompa e luxo, a high society santarena debandou-se para o novo cinema. Ar-condicionado, cadeiras estofadas, acústica perfeita e design moderno cativaram os mocorongos que abandonaram o Cine "Olympia" que ainda resistiu por mais nove anos graças ao povão. Óbvio que o ingresso era bem mais caro, segregando o público entre os cinemas e resultando no esvaziamento tanto do Olímpia como do Acácia.
Por questão de sobrevivência, meu pai (Raul Loureiro) decidiu construir um cinema ainda mais moderno e luxuoso para suplantar o Cine Tapajós. Nessa guerra, éramos nós contra a poderosa Varig, dona do Hotel Tropical e de uma cadeia de hotéis luxuosos pelo Brasil como também a maior companhia aérea da América Latina.
No início, a programação do Cine Tapajós acompanhava aos lançamentos de filmes junto com as capitais, nem preciso dizer que a Varig trazia os filmes de graça em seus aviões. Finalmente, depois de um ano e meio de construção, inauguramos o Cinerama. Ele era tão moderno na época, que jornais de Belém e Manaus noticiaram o feito com muitos elogios. Até hoje, ele é um prédio que impõe respeito com a sua fachada. Foi o único cinema do país com sala de vidro exclusiva para fumantes e a tela tinha uma curvatura tão ampla que era comparável à uma rampa de skate. Isso trazia conforto visual para quem assistisse ao filme sentado nas laterais. A central de ar era enorme e consumia uma quantidade absurda de água e energia elétrica.

O Cinerama funcionou solitário por vinte anos, porém tinha muitos "concorrentes": Televisão, barzinhos, restaurantes, shows, boates, locadoras de vídeo e a internet mais recentemente. E durante esse tempo, a sala foi se deteriorando, os projetores foram quebrando, o ar-condicionado já não era como antes, os costumes foram mudando, o público estava ficando cada vez mais exigente e ao mesmo tempo intolerante ao fato de não passarmos os filmes ao mesmo tempo que as capitais. Esse sempre fora o nosso "calcanhar de Aquiles". Nós fazíamos um esforço hercúleo para trazermos grandes filmes o mais rápido possível mas era como ficar enxugando gelo. É preciso entender que nós éramos uma sala de cinema, entre as mais de 1.800 (Mil e Oitocentas) espalhadas pelo país, localizada no interior de um Estado da região Norte e com um público pífio.
É preciso esclarecer que até hoje só fazem no máximo 600 (seiscentas) cópias de cada lançamento, e não é nenhum "DVDzinho" ou fita de vídeo como muita gente "achava" que era projetado na tela e sim uma latas enormes com 35 quilos de peso com um frete aéreo caríssimo, chegando a Mil reais ao mês. Mesmo as salas modernas atuais, localizadas fora das capitais (com raras exceções), não exibem os filmes simultaneamente quando do seu lançamento. Elas ficam esperando a vez, como matematicamente já expliquei. A prioridade são de salas com grande demanda de público.
Tentei dar uma luz para vocês entenderem todo o processo, mas são muitas coisas juntas que levaram ao fechamento do Cinerama. Porém, vinte e oito anos de funcionamento foi algo extraordinário para os dias atuais. Agora já não existem mais "cinemas de Rua" e de tradição familiar, o modelo atual é de várias salas dentro de Shopping Centers controladas por grandes grupos empresariais. O padrão de sala de cinema mudou. Hoje, tudo mudou.
*Emanoel Loureiro é cineasta
Fonte: Janela Amazônica
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