Você se lembra?
Você se Lembra?
domingo, 17 de setembro de 2023
sábado, 11 de março de 2023
domingo, 5 de fevereiro de 2023
"Nova Olinda Hotel"
Mas somente aquí os senhores hóspedes desfrutam do privilégio de ficar debruçados sobre as formosuras do Tapajós. O rio, com sua beleza fascinante, corre, azul e sereno, a dez metros de um original terraço.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
Antiga praia da Vera Paz, 1993
PRAIA ROUBADA - No antigo Inventário de praias de Santarém, ela estava lá. Esse fato faz lembrar o poeta russo MAIOKOVSK em seu frágil poema de alerta: "...vem o ladrão pisa as flores do seu jardim e tu não dizes nada. Na noite seguinte invade tua casa, mata teu cão e não dizes nada. Finalmente, no terceiro dia, ele rápta teus filhos e não dizes nada. Por isso, não terás direito a dizer mais nada."
Foto: Ricardo Lima
sexta-feira, 29 de abril de 2022
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Navios da Frota Branca (SNAPP, ENASA) Navio Leopoldo perez
O Jornal - sexta-feira, 9 de Abril de 1954
Estão sendo construído em estaleiro da Holanda 12 navios que se destinam a renovar a frota mercante que serve á Amazônia, sob responsabilidade da SNAPP. A primeira dessas unidades será lançada no tráfego, entre julho a agosto do decorrente ano. Em contato com a reportagem, o comandante Edir Carvalho Rocha diretor geral do órgão em apreço, informou que, dos navios que estão sendo construído, um terá 1.300 toneladas e se destina á linha Belém, Mosqueiro e Soure, na ilha do Marajó.
Esse navio, que será batizado com o nome de "Presidente vargas ", é um dos mais modernos do mundo, equipado com dois motores "Sulzer", de 1450 cavalos cada um é desenvolver a velocidade de 21 milhas. Transportando 750 passageiros em poltrona tipo "Pullman" e possui um bar-restaurante com ar condicionado. Os porões estão preparados para transportar caminhões e pequenos tratores, objetivando-se o desenvolvimento da lavoura na ilha do Marajó.
Finalmente, trata-se de uma embarcação aparelhada para transportar com toda segurança e conforto, os passageiros de Belém a Mosqueiro em 50 minutos, e de Belém a Soure, em 3 horas. O "Presidente vargas " entrará em tráfego em setembro outubro próximo.
O segundo tipo de embarcação é de 1.500 toneladas, e em número de quatro.
A primeira da série, que recebeu o nome de "Leopoldo Perez" em homenagem ao deputado amazonense já falecido, deverá entrar em tráfego no próximo mês de julho ou, o mais tardar, em princípio de agosto. As embarcações desse tipo terão motor de 1.200 cavalos de força e desenvolverão a velocidade de 13 milhas e meia. Foram cuidadosamente projetadas, tendo em vista as condições amazônicas, tanto de clima como de navegabilidade das vias fluviais, e as especiais condições locais. Nessas embarcações do tipo "Leopoldo Perez", não transportaremos mais gado em pé, para o consumo da tripulação e dos passageiros, pois todas elas dispõem de ótimos frigoríficos.
Fotos inéditas do Navio Leopoldo Perez no estaleiro da Holanda.
domingo, 24 de abril de 2022
As Parteiras de Santarém
"Para os sanitaristas, o treinamento e controle das parteiras curiosas atuantes nas comunidades rurais brasileiras eram importantes para o sucesso do projeto de implantação de serviços sanitários locais de assistência materno-infantil”, explicam os pesquisadores. “Ao atuar diretamente junto às parteiras curiosas, pretendia-se não somente lhe impor rigorosos padrões higiênicos na realização de partos e nos cuidados com recém-nascidos, mas, sobretudo, recorrer a sua influência e seu prestígio naquelas comunidades para popularizar ações de saneamento”.
De acordo com os estudiosos, as equipes de ensino do Sesp eram, em geral, formadas por dois tipos de profissionais: uma enfermeira e um médico. Os treinamentos incluíam demonstrações práticas, debate em grupo, exibição de filmes e observação de atendimentos. A frequência regular às sessões de instrução e o bom desempenho nas aulas garantiam como bônus, inclusive, a obtenção de uma bolsa com material esterilizado voltado para cuidados no parto. Após o curso, as parteiras passavam a ser vinculadas a uma unidade de saúde e ficavam sob supervisão contínua.
Os estudiosos ainda apontam que, para ganhar a confiança das parteiras, era necessário aos sanitaristas conhecer seu sistema de crenças e práticas para somente depois modifica-lo segundo seus próprios padrões. “Naquele contexto, as curiosas eram vistas como um grupo social que estorvava o caminho das ações sanitárias. Não obstante, não deveriam ser combatidas frontalmente, e sim convertidas em aliadas para que, na medida do possível, a instituição usufruísse de seu prestígio e sua influência junto às comunidades. Com isso, pretendia-se viabilizar a educação sanitária das populações rurais do país e, ao mesmo tempo, transformar sua tradicional prestação de cuidados em saúde numa ação sanitária, o que não deixa de significar um modo de exercer controle sobre o grupo”, concluem os pesquisadores.